terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Jorge Mautner, amor à cultura brasileira

Jorge Mautner
Cartaz do documentário
Está nas telas de algumas salas de cinema o documentário “Jorge Mautner - o filho do holocausto”, dirigido por Pedro Bial e Heitor D’Alincourt. Fui ver o filme, saí do cinema com a alma encantada com a alma desse artista, impregnada de cultura brasileira. Fui conversar com Jorge Mautner, no dia seguinte. Saí de sua presença, após mais de uma hora de conversa, com a certeza: a cultura brasileira tem uma riqueza imensa, que precisa ser resgatada, espalhada, espalhafatada, vozeada. Jorge Mautner faz exatamente isso.

No mesmo dia à noite, houve um colóquio sobre o documentário no teatro do Centro de Cultura Judaica em São Paulo. No palco, Jorge Mautner, Carlos Rennó e José Miguel Wisnik, parceiros de música, de pensamento, de amor à cultura do Brasil. Na plateia, mais de 200 pessoas que tiveram o privilégio de assistir à perfomance poético-literária-musical desses três grandes artistas.

Mas o mote do encontro era a vida e a obra de Mautner. Ele subiu ao palco, sentou-se na poltrona, microfone na mão, começou a dizer a cultura brasileira. Porque Jorge Mautner não fala simplesmente. Se a pessoa espera um discurso linear, mecânico, com começo, meio e fim e sem dificuldades de compreender o que fala o poeta, esqueça. A mente dele parece funcionar de forma quântica - para usar uma expressão que ele gosta. As palavras vão vindo, em formas ondeadas, a poesia vai saindo, as frases ora se interrompem diante de outra frase que será, ou não, interrompida, mas aquela lá, que ficou sem final, irá retornar ao longo do discurso do artista. Nosso esforço é, em primeiro lugar, esquecer o discurso comum, a fala linear; em segundo, acompanhar as ondas do cérebro dele, com muito mais necessidade de foco no que ele diz, porque a compreensão do que ele diz virá ao final. Com certeza! José Miguel Wisnik disse, numa referência ao filme, “deixa o profeta falar!”

Jorge Mautner, semana passada em São Paulo
(foto: Alexandre Prestes)
Jorge Mautner é comunista-artista ou artista-comunista. Esses títulos se fundem e se confundem em sua vida e em seu discurso. No começo de seus vinte minutos de fala inicial, ele citou José Bonifácio, o nosso “patriarca da independência”, um dos primeiros brasileiros a valorizar a nossa mistura de sangue, a nossa mestiçagem como nossa maior riqueza social e cultural, que cria o amálgama que nos une, todos os brasileiros. Mautner enfatizou muitas vezes a generosidade que faz parte da vida do nosso povo, povo hospitaleiro e receptivo aos estrangeiros, desde os tempos em que éramos todos índios e chegaram a estas terras os primeiros brancos europeus. E citou o padre Antonio Vieira que dizia que nós somos capazes de “ir além da terra, além do mar”.

“Nós nos reunimos aos milhões, disse ele, em nossas ruas no carnaval. Quase nada de grave acontece”. E acrescentou: “Desde os tempos dos índios tupis-guaranis, os brancos vinham em busca desta terra-sem-males. A generosidade do nosso povo é nosso maior tesouro, e é o que eu pretendo revelar o tempo todo”. Ufanismo? Será? Ele ia falando essas coisas para uma plateia feita em sua maior parte pela comunidade judaica,  habitante de uma cidade como São Paulo onde uma elite historicamente conservadora sempre teve seus olhos e ouvidos voltados para o continente branco europeu. Para esta plateia, ele falou que a miscigenação do povo brasileiro é o que faz nossa riqueza e nossa generosidade com todos. Direitos humanos todos querem, completou.

Mautner lembrou que Gilberto Gil, quando ainda era ministro, em uma de suas visitas oficiais aos EUA, a certa altura entoou a letra da música que ele fez em parceria com Jorge Mautner, “Outros viram”. Vale a pena publicar aqui um trecho dessa composição:

“O que Walt Withman viu
Maiakovski viu
Outros viram também
Que a humanidade vem
Renascer no Brasil!
(...)
Maiakovski ouviu
A sereia do mar
Lhe falar de um gentio
De um povo mais feliz
Que habita esse lugar!”

Lá pelas tantas, Jorge Mautner diz mais: “A arte, para mim, é para transformar o mundo. Sempre!”

Conversando comigo, semana passada,
antes do Colóquio
(foto: Alê Prestes)
Sobre o filme “Jorge Mautner - o filho do holocausto”, ele fez um breve resumo dizendo que lá está contada não só a sua vida, mas a sua arte e a sua militância política “desde a década de 1950”. Filho de pais estrangeiros (seu pai era austríaco e sua mãe croata), ele nasceu no Brasil. Sua mãe estava no oitavo mês de gravidez quando eles tiveram que fugir da Europa por causa da perseguição nazista aos judeus (seu pai era judeu, sua mãe católica). Até o sete anos de idade, Jorge Mautner teve uma babá negra, filha de santo no candomblé, que lhe deu todo o carinho e com quem ele aprendeu as primeiras lições de vida. “Um dia, ele conta, Lúcia disse para mim: ‘meu filho, seus pais vieram de um país onde tem muita gente má. Mas pode ficar tranquilo que aqui a gente gosta de você e nós vamos lhe tratar bem, viu?’” Tempos depois, nos jardins do Palácio do Catete onde Lúcia levava o menino para brincar, o próprio presidente Getúlio Vargas se aproximou dele e puxou conversa. Perguntou de onde ele era. Jorge Mautner respondeu: “Eu sou brasileiro, mas meus pais, coitadinhos, eles são estrangeiros”...

No teatro da Cultura Judaica, ele falou um pouco também sobre os períodos difíceis da ditadura militar, que o perseguiu desde os primeiros momentos. Jorge Mautner teve que se exilar duas vezes do Brasil, uma na Inglaterra onde conheceu Caetano Velloso e Gilberto Gil, seus amigos até hoje. No começo da década de 1970, ele disse, falaram que a gente devia voltar ao Brasil para ajudar na resistência à ditadura. Eu voltei e fiz diversos shows, em apoio ao movimento de redemocratização que se intensificou - ele enfatiza - “na minha opinião, quando a ditadura assassinou Vladimir Herzog”, fato que “mexeu com todo o Brasil e despertou mutirões de solidariedade” em todo lado. Jorge Mautner já era comunista, desde o final da década de 1950, quando Mário Schenberg, o famoso físico brasileiro, aproximou o artista do marxismo.

José Miguel Wisnik, compositor, pianista, professor de literatura brasileira da USP, continuou no mesmo tom, relembrando trechos do documentário e afirmando que Jorge Mautner “é uma pessoa e uma multidão” ao mesmo tempo. Ele disse que o documentário é “belíssimo” e que “a gente sai com a alma leve do cinema”, porque é um filme também sobre a nossa cultura, sobre nossos artistas e sobre um homem que teve, e tem, um papel muito importante na vida cultural brasileira desde a década de 1950. Wisnik destacou que o Brasil é um dos únicos lugares “do mundo onde a poesia se une à música”. E Carlos Rennó acrescentou: “E isso tem como pioneiros dois poetas: Vinícius de Moraes e Jorge Mautner”.

Nelson Jacobina
Claro que Jorge Mautner não deixaria de falar de seu companheiro de vida e de música, Nelson Jacobina, a quem o filme é dedicado. Jacobina morreu de câncer no dia 31 de maio do ano passado. “Nelson Jacobina viveu ainda quatro anos quando foi detectado que o câncer já estava em metástase, diz ele. Para Jacobina a música era a sua própria vida, era a sua alegria. Em muitos momentos em que ele estava muito mal e sentia muitas dores eu lhe dizia para não ir fazer o show comigo, mas logo ele dava um jeito de melhorar, e quando subia no palco ele era outra pessoa! Participou intensamente junto comigo nestes últimos quatro anos de sua vida!”

Ao final, os três músicos cantaram juntos, três canções. Sem o violino de Mautner, sem outro instrumento, só suas vozes. Tudo se encaixou: a fala do profeta-poeta, as palavras boas de Wisnik e Rennó, a música, a arte, a cultura, o Brasil.

Ao final do colóquio, já num clima de poesia e comunhão, Jorge Mautner disse: “Neste universo, tudo é surpreendente. A cada mistério revelado, mil novos mistérios surgem”. Mas, completou, a renda do mundo tem que ser distribuída entre todos, a injustiça deve acabar. Pois o homem deve se lembrar que “o que acontece com um, afeta todos”.

Finalizou afirmando que hoje temos um grande desafio: “Fazer tudo de novo, e melhor ainda!”

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Abaixo um link para a música OUTROS VIRAM, de Jorge Mautner e Gilberto Gil, com um belo depoimento de Gil sobre a cultura brasileira. Recomendo muito que seja ouvido!


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Portinari para todos

Neste 21 de fevereiro de 2013 o Projeto Portinari lança um novo Portal, com todas as obras do pintor Candido Portinari. Com interface inovadora e conteúdo totalmente acessível ao público, a ideia é dar ao povo brasileiro o acesso ao imenso acervo de obras do pintor, assim como a documentos, cartas, gravações e fotografias.

Permitir que qualquer pessoa tenha acesso à obra de Candido Portinari, via internet, é a principal ideia do novo Portal do Projeto Portinari, no endereço www.portinari.com.br. Com uma interface original e de design leve e bonito, o sítio do Projeto Portinari irá usar as melhores ferramentas tecnológicas disponíveis na web para que o público possa ter acesso ao acervo riquíssimo, fruto de mais de 30 anos de pesquisa sobre a vida, a obra e a época de Candido Portinari, o mais brasileiro dos nossos pintores.

Portinari junto ao esboço
do painel "Tiradentes". 1949.
 
João Candido Portinari, filho do artista, fundador e diretor geral do Projeto Portinari aponta que mais de 95% das obras de seu pai estão inacessíveis à apreciação do público por pertencerem a coleções privadas. Ele complementa: “Sempre sonhei em disponibilizar as obras ao maior número possível de pessoas. A obra de Portinari carrega mensagens éticas e de valores humanos em prol da paz, retrata a vida, a alma e o povo brasileiro. No início, há 33 anos, não havia tecnologia para isso. Hoje, novas ferramentas nos permitem colocar esse conteúdo no colo das pessoas. Batizamos esse ideal de ‘Portinari para todos’. No novo Portal, os usuários – crianças, jovens, estudantes, professores, pesquisadores, curiosos ou simplesmente amantes da arte – poderão navegar brincando”.

O acervo do Projeto Portinari contém uma complexa base de dados com cerca de 30 mil itens, entre obras de arte, cartas, fotografias, periódicos e depoimentos. Esse imenso acervo se refere não somente a Portinari mas também a seus contemporâneos e amigos, como Carlos Drummond de Andrade, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Luís Carlos Prestes, Afonso Arinos, entre outros.

Maria Duarte, que é coordenadora geral do Projeto, afirma que o motivo maior dessa renovação e enriquecimento do Portal Portinari se deve ao objetivo de “proporcionar ao usuário uma experiência sobre a obra, a vida e a época de Portinari, convidá-lo a mergulhar nesse universo. O Portal Portinari une a complexidade e riqueza de um acervo construído há 33 anos, às diversas possibilidades oferecidas pela tecnologia e o desejo de disponibilizar este conteúdo ao maior número de pessoas”.

A primeira página do sítio é apresentada sob a forma de mosaico, com entradas para a obra completa de Portinari, feita de 5 mil imagens, além de documentos e uma seleção de fatos históricos que contextualizam a produção do pintor. Nesta primeira tela, o usuário pode usar o comando de busca, através de texto livre, muito fácil para localizar uma obra ou um documento. A cada item do acervo, o usuário verá um infográfico que mostra seus relacionamentos com todos os outros itens do acervo do Projeto Portinari. É um Portal com ligações internas que usa as ferramentas mais modernas da Internet para facilitar o acesso do público.

Projeto Portinari: arte, ciência e tecnologia

Homepage do Portal Portinari
O conjunto da obra de Candido Portinari se encontra espalhado por todo o mundo, em acervos particulares, de museus, de empresas e de bancos. Sendo assim, a recuperação da obra completa do artista a partir de um novo registro fotográfico seria praticamente impossível, e por isso o foco do trabalho de recuperação dessas imagens se deu a partir do acervo fotográfico já pertencente ao Projeto Portinari. As imagens foram digitalizadas e passaram por um processo científico de adequação cromática que aproximou ao máximo a imagem do seu original. Nesse processo, o diretor João Candido contou com a colaboração de cientistas e especialistas em imagem digital. Todo o processo de constituição do registro visual da obra do pintor exigiu mais de 20 anos de trabalho e investimentos. Essas imagens e todos os documentos estarão disponibilizados no Portal, que assegura a máxima fidelidade nas cores e na qualidade das reproduções dos arquivos digitais.

Restaurador trabalhando na restauração
de um dos paineis "Guerra e Paz", de Portinari
Ainda dentro do padrão tecnológico e científico, o Portal trará um setor intitulado “Projeto Pincelada”. Trata-se de auxiliar o trabalho de autenticação das obras de Candido Portinari, identificando as obras falsas. Usando, entre outros recursos, a inteligência artificial, com a classificação automática de objetos e redes neurais, o Portal utilizará um Programa que tem como objetivo analisar a autenticidade de uma pintura partindo de uma amostragem de macrofotografias (zooms) de pinceladas do artista recolhidas de trabalhos reconhecidamente autênticos.

Desde a década de 1980, o Projeto Portinari vem utilizando processos digitais e tecnologia avançada a favor do seu trabalho de preservação da vida e obra do artista. Desde 1998 o Projeto disponibiliza todo o seu acervo na internet, num pioneirismo tecnológico que merece destaque. Sempre usando as mais avançadas ferramentas da web, o Portal atendia muito bem seu público principal, basicamente formado por pesquisadores. Mas os recursos da época eram ainda limitados e o conteúdo não podia ter a apresentação que terá a partir de agora, com imagens em alta resolução, rico cruzamento de dados, etc. Na época, o sítio do Projeto Portinari já era uma referência no Brasil e no exterior, pois a catalogação de obras de artistas na rede ainda era muito escassa.

O projeto Portinari

Carta do amigo Drummond
O Portal Portinari, além de apresentar dados sobre a vida, o pensamento, as atividades e tudo o mais relacionados a Candido Portinari, também trará informações sobre o Projeto Portinari, com seu histórico, realizações, projetos, equipe, publicações, prêmios. Uma das atividades centrais deste Projeto está ligada à Arte e Educação, trazendo em seu conteúdo todo um material com fins educativos, implementando projetos de ensino-aprendizagem que associam diretamente a obra de Portinari aos princípios de uma Cultura de Paz.

Como parte dessas atividades, aconteceram, por exemplo, a exposição itinerante “O Brasil de Portinari”; o projeto “Se eu fosse Portinari”; as exposições “Portinari – Arte e Ciência” e “Tempo Portinari”; o projeto “Portinari – Arte e Meio Ambiente”; o programa educativo do “Projeto Guerra e Paz”; o projeto “Portinari – Bauzinho do pintor”. A primeira edição, dedicada à literatura, relaciona a obra do artista ao livro “Menino de Engenho”, de José Lins do Rego; a segunda associa a pintura de Portinari a questões do meio ambiente.
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continuação da Carta de Drummond
Inicialmente empenhado em resgatar de forma sistemática e minuciosa a vida e a obra de Candido Portinari, assim como a época em que viveu, o Projeto Portinari tem como objetivo também disponibilizar a obra do artista a serviço da busca da identidade cultural do povo brasileiro e da preservação da memória nacional. Empenha-se em exercer uma atuação voltada especialmente às crianças e jovens, tomando por base os valores sociais e humanos presentes em todo o universo de Portinari, para suscitar uma reflexão sobre a realidade brasileira e mundial.

Disponibilizados no conteúdo do Portal, o Projeto apresenta os seguintes resultados de sua extensa pesquisa: levantamento de 5.300 pinturas, desenhos e gravuras atribuídos ao pintor, assim como mais de 25 mil documentos sobre sua obra, vida e época; pesquisa da autenticidade das obras (“Projeto Pincelada”); processamento digital das imagens; organização do arquivo e da correspondência do pintor (mais de 6 mil cartas) e do acervo de fotografias históricas, filmes e recortes de mais de 10 mil periódicos, livros, monografias, textos e memorabilia; registro de mais de 70 depoimentos de artistas, intelectuais, políticos, amigos e parentes de Portinari, totalizando mais de 130 horas gravadas (“Programa de História Oral”); publicação do Catálogo Raisonné “Candido Portinari – Obra Completa”, primeira publicação dessa natureza em toda a América Latina.

A casa do bairro Cosme Velho, no Rio,
onde Portinari viveu, recentemente
devolvida à família, será restaurada 
O Projeto Portinari também exerce diversas atividades de caráter sócio-cultural, que vão além da disponibilização em rede da obra do artista. Em 1997 realizou uma primeira exposição retrospectiva da obra de Portinari, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP); participou da edição e editou publicações alusivas a Portinari; criou material para divulgação da vida e da obra do pintor; planejou e executou o “Projeto Guerra e Paz”,com a restauração dos painéis em ateliê aberto a estudantes e público em geral, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, além de exposição ao público do Brasil e do exterior. Em São Paulo, os painéis Guerra e Paz foram expostos no Memorial da América Latina e teve a visitação de cerca de 200 mil pessoas.

O projeto Portinari, com esta iniciativa, dá um verdadeiro presente ao povo brasileiro, a eterna inspiração do pintor Portinari. João Candido, cujo desejo é colocar no “colo do povo” a obra de seu pai, junto com sua equipe tem trabalhado incansavelmente na recuperação de todo esse acervo que generosamente disponibiliza a todos. Artistas, estudantes, amantes de arte, pesquisadores e qualquer pessoa, enfim, tem à sua disposição uma rica documentação histórica e artística, não só sobre ele, mas sobre um rico período da nossa história cultural da qual ele fez parte e, através de sua obra, nos alcança hoje. Filiado ao Partido Comunista, Candido Portinari sempre foi coerente com seu sonho de um mundo para todos, sempre esteve atuante nas lutas por um mundo de justiça e paz. “Entre o cafezal e o sonho”, como disse o poeta Carlos Drummond, “nada mais resiste à mão pintora”.

Também disse Oswald de Andrade: “(…) o Brasil tem em Candido Portinari o seu grande pintor. Mais do que escola, que faça exemplo. Pintor iniciado na criação plástica e na honestidade do ofício, homem do seu tempo banhado nas correntes ideológicas em furacão. Não admitindo a arte neutra, construindo na tela as primeiras figuras do futuro titânico – os sofredores e os explorados do capital”.

Portinari com os amigos Antônio Bento, Mário de Andrade e Rodrigo Mello Franco de Andrade, na exposição de suas obras no Palace Hotel, Rio de Janeiro. 1936.
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Para saber mais sobre Portinari, neste Blog:

>> O homem dos olhos azuis
>> Por ti, Portinari
>> Candido Portinari no MAM-SP
>> Portinari de todos os tempos