Auto-retrato |
Durante mais de 50 anos de trabalho, MAURITS CORNELIS ESCHER – este é seu nome completo – fez desde simples desenhos com lápis, assim como xilogravuras, litogravuras e linoleogravuras representando perspectivas estranhas de construções impossíveis, fazendo explorações gráficas com a ideia de infinito e diversos estudos em que metamorfoseou padrões geométricos em peixes, pássaros e outros bichos.
Um pouco de sua biografia - Escher nasceu em 17 de junho de 1898 em Leeuwarden, na Holanda. Em 1903 a família mudou-se para Arnhem. Em 1922, Escher, já tinha muito domínio sobre o desenho e, em especial, sobre a xilogravura. No início de 1919, frequentou a Escola de Arquitetura e Artes Decorativas em Haarlem, onde começou a estudar arquitetura, mas acabou se dirigindo para as artes decorativas, estudando sob a direção de Samuel Jesserun de Mesquita, um artista com quem manteve contato até a morte deste, pelos nazistas, em 1944.
Escher parte para Florença em 1922, onde desenhou incansavelmente a paisagem italiana vista a partir de perspectivas incomuns. Ele também gostava de desenhar pequenos animais ou pequeninas formas de plantas que ele via pelo microscópio. Em 1924, já com sua esposa Jetta Umiker mudou-se para Roma, e lá ficou até 1935, quando o clima político de Mussolini tornou-se insuportável. Foi para Chateau d'Oex, na Suíça, onde permaneceu por dois anos, mas como não gostava de lá resolveu ir morar em Uccle, uma pequena cidade da Bélgica, próxima a Bruxelas.
Mas a violência da II Guerra Mundial o obrigou a mudar-se novamente em 1941, só que, desta vez, para a cidade de Baarn, em seu país natal, onde viveu até 1970. Morreu em Hilversum, também na Holanda, em 27 de março de 1972. Suas obras mais conhecidas datam deste período, onde o clima nublado, frio e úmido da Holanda lhe permitiu se concentrar totalmente na sua obra.
Desenhando-se, litografia, 1948, 28,5 x 34cm |
Relatividade, litografia, 1953, 28 x 29cm |
Os experts em seu trabalho, dividem sua obra em dois períodos: os desenhos feitos antes de 1937 e os pós-1937, pois foi nesse ano que ele começou a dar rédea livre à sua imaginação de matemático e geômetra. O primeiro período corresponde ao que ele morou na Itália e Suíça. Na Itália, por exemplo, ele reproduziu muitas paisagens e cidades italianas com riqueza de detalhe. Mas já nesse período (dá pra perceber vendo seus desenhos nessa exposição de São Paulo) ele mostra sua forma muito pessoal de representar a realidade que vê. Muito observador do mundo por onde passa, ele quer mostrar as coisas de uma forma diferente do lugar-comum.
Queda d'água, litografia, 1961, 38 x 30 cm |
Vale muito a pena ir dar uma olhada na exposição de um artista que desenhou por mais de 50 anos em sua vida! Escher é um grande exemplo de dedicação ao desenho.
Anote aí:
Exposição “O mundo mágico de Escher”
De 19 de abril a 17 de julho de 2011
De terça a domingo, das 9h às 20h
Local: CCBB – Rua Álvares Penteado, 112 centro
São Paulo-SP
Eu tambem gostei muito da exposição. E o Centro Cultural por si só ja vale uma visita tambem!
ResponderExcluirAbraços!
Também fui e gostei muito, bem legal o seu texto
ResponderExcluirMuito bom seu texto!
ResponderExcluirObrigada!