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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A arte pictórica de Eugene Gruzdiev

O pintor russo Evgene Grouzdev
Tinha acabado de publicar este post no Facebook, quando tive a emocionante surpresa de saber que Eugene Gruzdiev - ou Evgeny Grouzdev, como ele mesmo assina - é um pintor de São Petersburgo! O próprio artista me agradeceu este post, tentando falar em português: "Obrigado enorme, muito escreve-se bem!!! Até embaraço-me um pouco, é muito inesperado..." Para mim também, muito inesperado e muita surpresa encontrar um pintor contemporâneo com esta qualidade de pintura! E saber que ele existe e que pratica este tipo de arte dá ainda mais a sensação de que nem tudo está perdido! 

Abaixo o meu texto, publicado ontem, quando nem sabia de que período era esse já grande mestre...

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Conheci este pintor russo no blog do pintor brasileiro radicado em São Petersburgo, Rússia, Gilberto Geraldo. Já pesquisei em todos os lugares possíveis, em sites internacionais inclusive, e não encontrei nenhuma informação sobre Eugene Gruzdiev.

Seria contemporâneo do outro grande pintor russo Ilya Repin sobre o qual já falei aqui em outro post? Seria um pintor atual? Não se sabe...

Enquanto não encontro mais o que falar sobre quem foi Eugene Gruzdiev, sua vida e sua obra, publico abaixo as imagens que capturei no blog do Gilberto Geraldo.

Por que? Simplesmente porque Eugene Gruzdiev pinta do jeito que eu entendo como pintura realista e pictórica: suas pinceladas criam impressão de movimento, ele pinta o essencial, não há contornos definidos por linha, mas volumes; as massas são grandes, ultrapassam as formas.

Nesse estilo pictórico que identifico nele, os movimentos das massas se espalham em cromas e valores. A tinta se espalha, as cores e as tonalidades se derramam buscando as profundezas, como disse há décadas Heinrich Wöllflin. Os limites se tornam fluidos; limites que não são um fim em si, são infinitos.

Tudo é jogo de Luz e Sombra, onde nem tudo precisa ficar claro. Há partes veladas, objetos sobrepostos, massas sobrepostas. Movimento. Aquilo que parece estar oculto pelas sombras do quadro, parece que “luta para entrar na luz” (Wöllflin). Não se busca extrair da cor individual toda sua força e pureza, mas criar harmonia na relação entre as cores, de modo que uma cor realce o efeito individual de outra. Contrapontos.

É esse olhar de pintor que vê o mundo como uma unidade, onde tudo se relaciona que me atraiu em Eugene Gruzdiev.

Eu acho lindo demais isso aqui embaixo!