"A nona onda", Ivan Aïvazovski, 1850 |
Aïvazovski em 1870 |
Logo seu talento começa a ser observado. Nada menos do que o escritor Alexander Pushkin torna-se admirador da obra de Aïvazovski. Em 1837, com 20 anos apenas, ele recebe seu diploma junto com uma medalha de ouro pela sua dedicação e qualidade como pintor. A Academia também lhe dá uma ajuda de custo para que continue seus estudos, durante dois anos, pintando marinhas. Aïvazovski faz diferentes viagens de navio, acompanhando a marinha russa, a quem consagrou várias telas.
Autorretrato de 1874 |
Volta à Rússia em 1844, e é nomeado membro da Academia de São Petersburgo e em 1845 recebe o título de pintor da marinha russa. Com isso, ele participa, nos anos seguintes, de diversas expedições da frota russa e assim conhece os mares da Turquia, Grécia, Egito e da América.
De volta a seu país, Aïvazovski resolve ir morar em sua pequena cidade, Théodosie, recusando as honras e as riquezas que os tsares de São Petersburgo lhe queriam oferecer. Preferia a companhia de seus amigos escritores, Pushkin, Tchekov e Gogol. Mas continua a pintar e a expor em Moscou, São Petersburgo e até em Paris e Nova York. Por onde passava, fazia questão de entrar em contato e saber como viviam seus compatriotas armênios. Em Théodosie, por exemplo, ele funda uma nova escola armênia, assim como uma gráfica, e financia a restauração de uma velha igreja armênia. Também cria uma Escola de Arte em 1865 e transforma sua própria casa em museu, que ainda hoje é preservada e guarda uma grande parte de suas obras.
"Pushkin à beira-mar", 1877, autoria de Ivan Aïvazovski e Ilya Repin |
Ele buscava a luz, em suas pinturas, e sua paixão era o mar. Muitas delas, fez de memória, conseguindo traduzir o movimento das ondas do mar, ou a transparência das águas calmas, ou a fúria do mar em tempestade. Turner o considerava um gênio. Suas telas “A nona onda”, “Clarão da lua” e “Tempestade” foram ícones para o movimento romântico europeu do século XIX.
Posteriormente, com o crescente movimento da arte russa e talvez influenciado pelos escritores russos de seu tempo, sua pintura se torna cada vez mais realista. No final do século XIX ele pinta “O Mar Negro”, “Arco-íris”, “Naufrágio” e “A Onda”, além de outras telas.
Ivan Aïvazovski faleceu em 1900, deixando mais de 6 mil obras, sendo que metade eram feitas de cenas de marinhas.
Abaixo, algumas de suas marinhas:
"Mar negro" |
"Arco-íris", 1873 |
"Paisagem lunar com naufrágio", 1863 |
"Canal do Cáucaso visto do mar", 1894 |
"Caos", 1841 |
"Tempestade", 1886 |
"Vista de Constantinopla e do Bósforo" |
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