Vista de parte da cidade de Granada, a partir da Alhambra |
Vista interna de um dos pátios de um dos palácios nazaríes |
Parece que de repente pode surgir, lá dentro, o sultão que ouvia as estórias de Sheerazade que todos nós ouvimos ou lemos em algum momento de nossas vidas. Simbad, o marujo, sempre foi uma das minhas preferidas, junto com a de Aladim e a lâmpada maravilhosa.
Pode parecer também uma ida à própria Idade Média, com suas muralhas, seus castelos, suas guerras. Pode mostrar, por outro lado, a infinita guerra santa entre cristãos e muçulmanos, se alternando como dominadores de amplas terras. Aí incluímos também os judeus, pois daqui da Alhambra se avista a judería, bairro judeu que sempre tem em cidades como Granada, Córdoba, Sevilha, Toledo.
Um dos inúmeros jardins |
Mas a Alhambra de Granada podem ser também a síntese preciosa da mais bela cultura árabe e do quanto este povo deixou de riqueza para o mundo, em todos os sentidos, na ciência, na música, na poesia, na arquitetura, na culinária, no artesanato, na geometria, na filosofia... São tantos os campos em que os povos árabes se destacaram que fica muito difícil imaginar nossa cultura ocidental sem sua influência e sua rica contribuição.
Detalhe interno |
Por isso vou falar da minha praia. Vou falar do pintor espanhol Joaquín Sorolla que esteve aqui exatamente no ponto onde eu me encontrei, num dos jardins internos. Fiquei lá no mesmo lugar que ele tentando olhar o que ele via. Deste ponto exato, ele fez uma pintura.
Pintura de Joaquín Sorolla do pátio interno de um dos palácios |
O pátio que vi, com céu nublado e chuvoso |
Foram cerca de 50 obras de Joaquín Sorolla, o que dá pra ter uma ideia de quanto este lugar o encantou. Alhambra é mesmo lugar de encantamento. Dizem que Sorolla ficou tão fascinado com a beleza dos jardins islâmicos de Alhambra, que resolveu recriá-los um pouco nos jardins de sua casa, onde estive semana passada.
Mas aqui em Granada morou o também pintor espanhol, considerado um dos melhores do século XIX, Mariano Fortuny. Ele nasceu em Reus, na Catalunia, em 1838, e morreu em Roma em 1874.
Fortuny também fez diversos quadros sobre a Alhambra e sobre Granada. Ele também foi um dos gênios que marcaram toda uma geração de excelentes pintores. Suas pinceladas livres buscavam a luz e seus movimentos. Ele também deve ter estudado atentamente as belas cenas que os jardins, pátios e construções da Alhambra inspiram.
Dentro do palácio onde hoje está o Museu de Belas Artes de Granada |
Bárbaro!
ResponderExcluirDelícia de blog, parabéns!
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