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A Puerta del Sol, local central em Madrid, por onde passam todos os madrilenhos todos os dias |
A viagem de São Paulo para cá foi tranqüila, sem turbulência de espécie alguma! Mas, claro, cansativa! São cinco horas de diferença de fuso e isso deixa o corpo cansado.
Hoje tomei meu desayuno em um café do século XIX, perto do metro Tribunal. Quando venho para Madrid é impossível não pensar nos artistas que caminharam por estes mesmos sítios por onde estou passando. Andei um pouco de metro pra fazer hora, por causa do fuso horário. Fui até a Estação Atocha de manhã e lá vi duas esculturas de Antonio Lopez e um monumento às vítimas do atentado terrorista que teve por aqui há poucos anos atrás. Meu amigo Juan Argelina, com quem me encontrarei amanhã, quase morreu neste atentado. Sobreviveu.
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Rua central de Madrid |
Depois segui de metro até a Estação Chamartin, um outro ponto de onde saem não só os trens de metro, mas trens para algumas cidades, em especial do noroeste da Espanha. Eu estava muito cansada, mas fui observando as pessoas. A crise econômica do capitalismo europeu atingiu os espanhóis de forma cruel! Em apenas três trens de metro que tomei hoje apareceram jovens pobres pedindo esmola ou vendendo tranqueiras. Lembrei que no avião eu li no jornal El Pais que 20% dos jovens espanhóis entre 15 e 26 anos são da famosa geração "nini": ni trabajan, ni estudian! No hay grandes espectativas de vida acá, carajo! Nas ruas de Madrid, mais pedintes, mais moradores de rua. Incluindo um aqui da minha rua, a Calle Fuencarral, que é jovem, loiro, deve ter olho azul (não olhei muito pra ele não ficar achando que eu ia liberar uma grana) com cara de vagabundo e critica os ricos enquanto pede esmolas para beber "vino, wisky o cerveza"... Ta certo, cada um sabe das próprias necessidades.... Né, Luiz?
No metro em direção a Chamartin entrou um espanhol com um violão pedindo desculpas "si yo los molestaré" pero vendendo seu peixe: uma música....... Ahhhhhhh....... Tais, você vai gostar de saber! Roberto Carlos em bom espanhol, aquela lá "yo quiero tener un million de amigos"...
No metro, pessoas mal vestidas, muito tristes. Aquela tristeza espanhola, não qualquer tristeza! Dói na alma! E eu parecia reconhecer cada um "de aquellos rostros". La vida pulsa, triste pero pulsa!
Comi muito bem no almoço por menos de 10 euros! Se come muito bem aqui nesta Madrid de Dios! Despues, fui na lojinha de materiais artísticos que conheci em 2013. A vontade.... Ou melhor, a fissura de pintar tá grande. E ainda é o começo de tudo.
Em dois dias vou a Toledo, de novo, mas desta vez para ver o Museo El Greco.
Por hora, me quedo acá, en lo hostal Palacios, cerca de Gran Via.
Yo voy descansar más temprano... El primer día ha sido intenso! En la tierra de Velazquez y Goya y Greco y Sorolla y tantos otros!
Hasta mañana!
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Puerta de Toledo, Madrid |
Lindo oq escreve Mazé
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