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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Antonio Parreiras, pinturas e desenhos

Antonio Parreiras
Uma única sala da Pinacoteca está trazendo uma pequena exposição do pintor fluminense Antônio Parreiras. São somente 20 trabalhos realizados entre 1887 e 1929, com obras que pertencem aos acervos da Pinacoteca de São Paulo e Museu Antonio Parreiras. Neste ano, esse museu completou 71 anos de existência e é o primeiro dedicado à obra de um só artista.

Antônio Diogo da Silva Parreiras é considerado um dos principais paisagistas brasileiros do período entre o final do século 19 e o começo do século 20. A exposição, pequena, apresenta cinco desenhos dele, “raramente expostos” como diz o texto de divulgação da Pinacoteca, e 16 pinturas de paisagens, marinhas, casarios e figuras.

Ventania
Antônio Parreiras nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1860. Iniciou seus estudos em 1883, na Academia Imperial de Belas Artes, tornando-se aluno do pintor de paisagem Georg Grimm. Após dois anos, junto a outros colegas, abandonou a Academia quando esta proibiu que seu mestre desse aulas de pintura ao ar livre. Sob a orientação de Grimm, o grupo pintava paisagens da praia da Boa Viagem, em Niterói.

Em janeiro de 1885, em seu ateliê em Niterói, Parreiras fez sua primeira exposição. Inaugurava, dessa forma, uma série de exposições individuais que foram acontecendo, no Rio, em São Paulo, no Pará, no Amazonas e no Rio Grande do Sul. Antonio Parreiras fez diversas viagens de estudo por diversas partes do país.

Ao mesmo tempo, os críticos o acusavam de falta de técnica no desenho da figura humana. Em resposta, ele resolve viajar para a Europa, indo em busca do aperfeiçoamento técnico. Primeiro na Itália, passa por Gênova e Roma mas passa uma temporada maior em Veneza, onde se matriculou na Academia de Belas Artes, estudando com Filippo Carcano. Volta ao Brasil em 1890 e inscreve alguns trabalhos na Exposição Geral de Belas Artes daquele mesmo ano e pela primeira vez fez uma pintura histórica, sob encomenda.

Casas em Piana, 1915
Mas sua atração maior era a paisagem. Pintou florestas tropicais, a flora e a fauna locais, marinhas e cenas do campo. Isso o transformou em um dos principais paisagistas do Brasil.

Em 1906 viajou novamente para a Europa e se estabeleceu em Paris. Lá, em 1909, inscreveu a pintura de um nu “Fantasia” no Salon de la Societé Nationale de Beaux Arts, que foi muito bem recebida.  Indo e voltando algumas vezes do Brasil à França, ele foi se tornando conhecido também na Europa.

Durante a década de 1920 pintou poucas paisagens, mas fez algumas pinturas históricas. Em 1926 lança o livro Biografia de um Pintor contada por ele mesmo. Conforme ele ressalta em sua autobiografia, Parreiras realizou em aproximadamente 55 anos de trabalho, mais de 850 pinturas, das quais 720 em solo brasileiro. Fez 39 exposições no Rio de Janeiro e em vários outros estados do Brasil.

Antônio Parreiras faleceu em Niterói em 1937. Seu ateliê foi transformado no Museu Antonio Parreiras a partir de 1941.

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Serviço:

ANTÔNIO PARREIRAS, PINTURAS E DESENHOS
Pinacoteca de São Paulo
De 6 de outubro a 3 de março de 2013
Praça da Luz - Estação da Luz
SP
Amanhecer no Adriático, 1889