Capa do livro |
Fruto do meu trabalho diário de pesquisa em torno da Arte e sua história, assim como das minhas reflexões pessoais a respeito do assunto, este livro nasceu, principalmente, como resultado e complemento a este Blog.
O livro é direcionado ao ensino de artes nas escolas, como apoio para o professor de artes ou de educação artística, pois pretende somar-se ao esforço para que esse ensino nas escolas não seja apenas uma atividade cosmética, de menor importância no âmbito do currículo e das práticas docentes.
Dentro da formação humanística que se faz absolutamente necessária em qualquer nível escolar nos dias atuais, as artes plásticas, a história, a geografia, a música, a literatura e o teatro, entre outras áreas da produção simbólica, se articulam para mobilizar reflexões muito além das especializações técnicas que empobrecem a visão do homem como um todo.
Mas eu fiz um recorte necessário e óbvio, como acontece sempre que nos deparamos com amplidões que jamais abarcaremos de uma só vez. A História da Arte é muito ampla e abrange um período vasto que vem desde os primeiros desenhos e inscrições rupestres em cavernas e em pedras, há mais de 20 mil anos. Para mostrar como ao longo da história da humanidade, a arte vem ocupando um papel fundamental em sua vida social e individual.
Todos os sistemas sociais tiveram seus artistas, aqueles que deixaram a marca de um determinado período na história e na cultura, de um modus operandi social, econômico, cultural, político, espiritual. Porque a arte tem o dom de criar e fortalecer vínculos históricos, enquanto traça o caminho, na alma humana, entre o mundo real e o imaginário, entre a existência diária e presente e o sonho futuro.
A intenção não foi esgotar tão amplo assunto, mas levantar algumas ideias sobre períodos tão diversos que vão da Grécia antiga ao Barroco holandês, das figuras da Commedia dell’Arte italiana ao nosso carnaval de rua, apenas para trazer à tona um esboço muito pequeno de como se dá a evolução do pensamento artístico humano. Esse recorte, claro, foi baseado numa certa visão pessoal de que habitamos um mundo que é simultaneamente concreto e imaginário, cuja relação dialética se dá nesse vai e vem do nosso olhar.
Exemplares do livro em meu atelier |
No primeiro capítulo desta obra, a título de exemplo, a autora vasculha os tempos remotos em que os homens garatujaram seus sonhos, medos e deslumbramentos nas paredes das cavernas. Porém, sem perder de vista que esse homem é um personagem mutante no eixo do tempo, comparecem em suas análises com foco na arte elementos de sociologia, com o que ficam contextualizados de maneira perspicaz os assuntos, sempre tratados à luz das estruturas sociais pelas quais os indivíduos lutaram ou contra as quais se insurgiram.
No segundo capítulo a autora apresenta ao leitor as possibilidades de acesso ao patrimônio imaterial da humanidade, que pode estar acondicionado em museus, mas que igualmente pode estar, e com frequência está, distribuído pela paisagem urbana (que o digam a cidade italiana de Florença, verdadeiro museu a céu aberto, e, no Brasil, as nossas cidades históricas mineiras).
A propósito de viagens a cidades como Paris ou Berlim, Rio de Janeiro ou Curitiba, e a diversos museus da Europa ou do Brasil, Mazé Leite demonstra como o espírito aberto e os olhos atentos podem contribuir, e muito, para a formação de nossos estudantes, particularmente de grandes e médias cidades, para os quais visitas a museus organizadas por escolas se vão tornando, felizmente, prática recorrente.
No terceiro capítulo, têm lugar reflexões sobre métodos e técnicas empregadas pelos artistas para expressar emoções e sentimentos, a partir de diversos formatos de texto, que vão da resenha crítica ao ensaio, passando pela entrevista e pelo texto com sabor de crônica – o que torna sua leitura um verdadeiro prazer. Aqui, não se está no domínio exclusivo das artes plásticas, mas na dimensão dela que faz fronteira não com os saberes do especialista, mas com o do observador, do leitor de obras visuais.
Isso se justifica em razão de que a consciência crítica só se desenvolve no espírito a partir de um aprofundamento necessário de leitura para o qual concorrem habilidades de observação, de comparação, de extrapolação, de ajuizamento – melhor exercidas quando explicitados os meios de produção dos próprios textos visuais.
Mazé Leite |
Sobre a autora: Mazé Leite é artista plástica, bacharel em Letras pela Universidade de São Paulo, e faz pesquisa em História da Arte. Estudou pintura na Sociedade Brasileira de Belas Artes, no Rio de Janeiro, na década de 1980. Passou pelo atelier de Feres Khoury e Louise Weiss, no começo da década de 1990. Pertence atualmente ao Atelier de Arte Realista de Maurício Takiguthi, em São Paulo. Também participou de workshop de pintura e oficinas de desenho em Paris, França, em 2011. Vem visitando museus em vários países, com finalidade de pesquisa, como Holanda, Polônia, Alemanha, Espanha, Portugal, França e Argentina. Desde 2009, mantém este blog onde escreve sobre artes plásticas e tem colaborado com diversas revistas e sites com textos sobre arte.
(Os editores)
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Obs.: Os interessados em adquirir o livro, podem escrever diretamente para a autora, através do e-mail:mazehsp@gmail.com.
Livro: AS ARTES PLÁSTICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR
– uma perspectiva interdisciplinar
Autor: MAZÉ LEITE
Editora: PLÊIADE
Assunto: ARTES – TEORIA, VIVÊNCIAS E HISTÓRIA
Ano: 2012
– uma perspectiva interdisciplinar
Autor: MAZÉ LEITE
Editora: PLÊIADE
Assunto: ARTES – TEORIA, VIVÊNCIAS E HISTÓRIA
Ano: 2012