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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Estudos com carvão no Ateliê Contraponto

"Mikhail Baryshnikov"
Carvão vegetal e lápis-pastel branco
sobre papel Marrakesh


"Bob Dylan"
Carvão vegetal sobre papel Marrakesh

"Gabriel Garcia Marquez"
Carvão vegetal e lápis-pastel
sobre papel Marrakesh

"Isaiah Berlin"
Carvão vegetal sobre papel Marrakesh

"Joan Baez"
Carvão vegetal sobre papel Marrakesh

Estudo
Carvão vegetal sobre papel craft

Estudo
Carvão vegetal sobre papel craft

Estudo
Carvão vegetal sobre papel craft

"Músico de rua do séc XIX"
Carvão vegetal sobre papel craft

"Era um garoto"
Carvão vegetal sobre papel craft

Estudo
Carvão vegetal 
e lápis-pastel branco 
sobre papel craft

Estudo da pintura "Tito"
de Rembrandt
Carvão vegetal sobre
papel craft

Estudo de drapeado de Da Vinci
Carvão vegetal, sanguínea
e lápis-pastel sobre papel craft


"Alguma atriz de Hollywood"
Carvão vegetal sobre papel craft

Estudo de pés
Carvão vegetal
sobre papel craft

Estudo de modelo vivo
Carvão vegetal
sobre papel craft

quinta-feira, 20 de março de 2014

Ateliê e Galeria Contraponto

Uma parte da obra de Maurício Takiguthi, exposta na Galeria Contraponto
Ontem, 19 de março, foi uma noite memorável! Inauguração oficial do Ateliê e Galeria Contraponto, do qual faço parte. Cerca de 150 pessoas estiveram presentes, testemunhando o nascimento de mais um importante espaço da arte em São Paulo.


Raulex João e Maurício Takiguthi
Juntamente com a inauguração da casa teve o vernissage de pinturas de Maurício Takiguthi, pintor realista de grande qualidade e considerado um dos maiores da pintura do momento no Brasil. Sua pintura se concentra em torno da figura humana, que é, segundo ele, uma escolha, por ser “muito mais desafiadora, pelo duplo desafio de representá-la no mais alto nível de exigência e de conseguir colocar na tela o meu olhar sobre ela. Gosto desse lugar de observador da condição humana e evidenciar o meu estranhamento diante das coisas. É seguramente o tema mais difícil. É o que me atrai”.


A exposição com as obras de Takiguthi fica aberta à visitação até o dia 25 de abril.


O ilustrador Eduardo Nunes observando
uma das pinturas de Maurício Takiguthi
Além de poderem ver de perto a obra de Maurício, que foi muito elogiada, as pessoas presentes também puderam conhecer de perto o espaço onde funciona o Ateliê Contraponto que oferecerá aulas de desenho, pintura e aquarela com os professores Mazé Leite, Marcia Agostini, Luiz Vilarinho e Alexandre Greghi.


As conversas, muito animadas, giraram em torno dos inúmeros aspectos da arte. Como música de fundo, o músico Tatá di Tao apresentou músicas da MPB como pano de fundo para os encontros felizes que aconteceram ontem.


Entre os inúmeros amigos presentes, destacamos os seguintes: o grande aquarelista chileno-brasileiro Gonzalo Cárcamo; o coordenador dos Urban Sketchers Brasil Eduardo Bajzec; os ilustradores Eduardo Nunes, João Pinheiro, Marcelo Dutra, Suzanne Cascardi e Diego Machuca; o coordenador da escola de arte Mundo Kinoene de São José dos Campos, Raulex João; o professor da Unicamp João Quartim de Moraes; o fotógrafo Carlos Moreira; a escultora e atriz Renata Andrade, entre outros.


O Ateliê Contraponto nasce com esta alegria e como um espaço aberto a todos os que queiram estudar arte, conversar sobre arte, traçar caminhos artísticos comuns, debater, conversar, crescer juntos.

Vídeo realizado por Cézar Xavier, da Fundação Maurício Grabois:


Abaixo, fotos de alguns momentos da inauguração do Contraponto em São Paulo:

Amigos presentes


André Bezerra, Mazé Leite, João Quartim de Moraes e Donizete Cunha

Estudantes de arte e ilustradores de São José dos Campos, junto com Maurício Takiguthi e Luiz Vilarinho: da esquerda para a direita: Kiira Owen, Diego Machuca, Maurício Takiguthi,
Luiz Vilarinho, Suzanne Cascardi e Raulex João.

Dilermando Toni apreciando a música de Tatá di Tao
Vista noturna da vila onde fica o Ateliê Contraponto


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Modelo Vivo no Ateliê Contraponto

"Ateliê do artista", Gustave Courbet, 1855, 361 x 598 cm

As sessões com modelo vivo são fundamentais para qualquer pessoa que desenha, pinta, grava, esculpe. Artistas plásticos, designers, ilustradores, sketchers, gravadores e escultores sabem o quanto é importante o estudo da anatomia do corpo humano, o estudo dos movimentos, do gestual, das direções, das proporções, para sua evolução individual nas artes visuais. São momentos ricos de aprendizado.


Uma sessão com modelo vivo, na Grande Chaumière
Numa sessão com modelo vivo, nós fazemos desenhos de observação a partir de poses curtas (com 30 segundos a 2 minutos de duração por exemplo) ou poses mais longas com até meia hora de duração. Para isso, os modelos precisam estar bem alongados, pois ficar na mesma posição por meia hora, 40 minutos, não é coisa muito fácil. O trabalho, para os modelos, exige muito de seu corpo físico, além de muita concentração.

Por isso, tantos artistas ao longo da história devem tanto a essas pessoas que se dispõem a posar para eles! Podemos afirmar que grande parte das obras de arte que conhecemos deve-se a estes inúmeros anônimos que se postaram quietos - ou em movimento - à frente dos cavaletes e mesas de trabalho dos artistas. Lucien Freud, por exemplo, quase nunca pintava sem um modelo vivo à sua frente. Caravaggio, para a grande maioria de seus quadros, teve modelos entre seus amigos e amantes posando para ele. John Singer Sargent, Joaquin Sorolla, Diego Velázquez, Degas, Gustave Courbet - a lista é imensa! - construíram grandes obras de arte a partir do estudo do corpo de pessoas que posaram para eles. Podemos afirmar que nenhum grande artista pode abdicar da prática do desenho ou pintura com modelo vivo.

Sessão com modelo vivo no Ateliê de
Maurício Takiguthi, nov.2013 - à esquerda
Marcia Agostini, Mazé Leite e Sarita Genovez.
Para nós, artistas, essa prática é tão intensa quanto para os modelos. Nas poses curtas, por exemplo, que servem como aquecimento e como forma de parar o pensamento para ver, e desenhar o mínimo necessário, a mão pode ficar dura, o braço trava, a mente se perde. Por isso é bom estar relaxado, solto. Respirar ajuda muito a relaxar. O segredo é não se deixar travar, e seguir desenhando. Observando e colocando no papel (ou outro tipo de suporte) o que vejo no modelo.

Essa questão de saber quanto tempo teremos para uma pose é importante para que possamos medir nosso trabalho, até onde podemos chegar. Também serve para que possamos ir calibrando nosso ritmo de acordo com o tempo que temos. É importante evitar, no meio do desenho de uma pose, fazer uma pausa ou interromper o trabalho prematuramente, para evitar que essas atitudes de negligência nos retirem o foco ou nos levem a cometer algum tipo de erro.

Em geral, quando iniciamos no desenho com modelo vivo fazemos traços hesitantes, lentamente, com medo de riscar a folha de papel… É assim mesmo no início, para todo mundo. Mas devemos nos esforçar para, ao contrário, não hesitar em fazer traços gestuais mesmo que mais leves, que poderão ser mais marcados em seguida. A pessoa pode fazer traços menos precisos no começo, porque a precisão, a segurança e a firmeza se adquire com a prática. Com a prática, alcançamos os desenhos mais simples, mais concisos, mais soltos. Com a prática nos tornamos mestres. Só com a prática! Nenhum mestre nasce feito, nem de nascimento, nem de "feito na faculdade". A melhor escola é a prática diária, a vida! 

Desenhar não é um ato que se faz só com a mão, mas com todo o braço, todo o ombro, todo o corpo, no final das contas. Todo o nosso ser deve estar envolvido com aquilo que fazemos. 

Desenhar um modelo que está vivo à nossa frente amplia altamente nosso repertório pessoal com traços, com massas, com valores, com tonalidades, com ar, com espaços, com proporções, com gestos, com expressão.

Venha participar das sessões com Modelo Vivo no Ateliê Contraponto!

Serviço:
20 de fevereiro - 5ª feira
das 19h às 21h

ATELIÊ CONTRAPONTO
Travessa Dona Paula, 111 - Consolação
a 5 minutos a pé do Metrô Paulista
COMO CHEGAR


Detalhe da sala para a prática com Modelo Vivo,
na Académie de la Grande Chaumière - Paris, 2011

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A estrada aberta

Depois de Ilya Repin - estudo em óleo que finalizei neste sábado, dia 14/12, sobre a pintura original do artista russo Ilya Repin, cujo título é "Retrato do compositor Modest Petróvich Músorgski, exposta na Galeria estatal Tretiakov, Moscou, Rússia.
...........................

2013 está terminando, este ano intenso, que exigiu muito de mim, paciência, perseverança, dedicação, mergulho mais profundo nos meus sonhos. Muito estudo, muito aprendizado à beira do meu cavalete.

Mas 2013 também me recompensou: fruto de tanto esforço, tantos e tão antigos sonhos, um deles - o maior - está se realizando: anuncio a todos os leitores deste blog, todos os seguidores, amigos, pessoas de várias partes do mundo que entram por aqui:

Está nascendo o Ateliê Contraponto!


Travessa Dona Paula, 111, a poucos metros da rua da Consolação

O Ateliê Contraponto é resultado de uma associação com mais três amigos que partilham comigo o mesmo caminho na arte figurativa: a realista. São eles: Márcia Agostini, Alexandre Greghi e Luiz Vilarinho. Nossa parceria foi sendo gestada mês a mês, ano a ano, entre as mesas de desenho e os cavaletes de pintura do Atelier de Maurício Takiguthi. Alguma semente foi plantada ali, em algum momento, quando desenhávamos ou refletíamos sobre o mundo da arte. Algo em nós ficou maduro e o fruto está se concretizando em cores muito entusiasmantes!

Nosso Ateliê Contraponto está localizado na Travessa Dona Paula, 111, em Higienópolis, entre a rua da Consolação e a Avenida Angélica. Será um espaço para aulas de desenho e pintura, mas também um espaço para exposições de artistas figurativos de São Paulo, do Brasil e de qualquer lugar do mundo. Será também um espaço para estudo e discussão dos temas mais importantes da arte na atualidade. Para isso, iremos trazer convidados entre artistas e intelectuais ligados ao pensamento artístico e cultural. Também iremos oferecer oficinas e workshops com artistas convidados, nas áreas de desenho, pintura, aquarela, escultura.

O sonho é grande, o sonho é imenso. Mas o caminho apenas começou e a estrada é longa... Mas vamos!


"A pé e de coração leve
eu enveredo pela estrada aberta,
saudável, livre, o mundo à minha frente,
à minha frente o longo atalho pardo
levando-me aonde eu queira.

Daqui em diante não peço mais boa sorte
boa sorte sou eu.
Daqui em diante não lamento mais,
não transfiro, não careço de nada;
nada de queixas atrás das portas,
de bibliotecas, de tristonhas críticas;
forte e contente vou eu
pela estrada aberta.

A terra é quanto basta:
eu não quero as constelações mais perto
nem um pouquinho, sei que se acham muito bem
onde se acham, sei que são suficientes
para os que estão em relação com elas.

(...)

A terra a se expandir
à esquerda e à direita,
pintura viva - cada parte com
a luz mais adequada,
a música a se fazer ouvir onde faz falta
e a se calar onde não é querida,
a jubilosa voz da estrada aberta,
a alegre e fresca sensação da estrada."


(Walt Whitman, Canto da estrada aberta,
em "Folhas das folhas de relva")

Feliz Natal! Feliz 2014 para todos!