terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Natureza morta


Acabei de terminar a pintura dessa natureza morta com pastel colorido. É um dos estudos do atelier para treinar a aplicação da cor intensa, sem opacidade, em camadas que vão trazendo o efeito de cor local. Uma coisa importante sobre isso é que quando se pinta um quadro usando o esquema rígido da cor local, a tendência é que a pintura saia dura, estática. Mas com o movimento das massas que ultrapassam a forma do objeto e essa movimentação de cores que se repetem em vários pontos, dão o ritmo e criam a sensação de movimento, de brilho e de mais realidade. Não é necessário descer ao detalhismo extremo do modelo observado, para que o efeito geral traga a quem observa uma sensação de que tudo aquilo que está ali apenas sugerido, seja o suficiente para formar um todo coerente. David Leffel, pintor norte-americano, sempre atenta para isso: o pintor não está pintando um pão, um peixe, uma faca, um vaso... Está pintando relações de espaço, ritmo e principalmente está pintando a Luz.

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