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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Leonardo da Vinci, o pintor-filósofo

"Última ceia", Leonardo da Vinci
Neste ano de 2019, diversas atividades ao redor do mundo estão reunindo milhões de pessoas em torno de um mesmo nome: Leonardo da Vinci. O motivo: neste 2 de maio completaram-se 500 anos após a morte deste gênio da humanidade. Um homem que se destacou em diversas áreas do conhecimento, entre elas a pintura.

Leonardo nasceu na pequena aldeia de Vinci, perto de Florença, na Itália. Ele foi, além de pintor, cientista, engenheiro, inventor, escultor, arquiteto, anatomista, urbanista, botânico, músico, poeta, filósofo e escritor. Mas este texto pretende se focar em Leonardo da Vinci pintor.

"Madona e o cravo", Leonardo da Vinci
Leonardo nasceu em 15 de abril de 1452. Sua mãe, Caterina, era uma camponesa e engravidou de uma relação amorosa com um nobre descendente de uma rica família florentina. O menino viveu seus cinco primeiros anos com a mãe e foi batizado apenas como “Leonardo”, prática comum no registro de nascimento de pessoas de origem humilde. Somente as famílias ricas possuíam um sobrenome. Por isso, “Da Vinci” foi acrescentado depois, apontando seu local de nascimento.

Quando ele tinha 5 anos, sua mãe casa-se com um camponês e ele vai viver com seu pai, Piero, mas, mesmo crescendo e sendo educado longe de sua mãe, registros mostram que Leonardo a ajudou financeiramente até à morte dela, em 1495.

Seu tio por parte de pai, Francesco, desempenhou um papel importante em sua formação, assim como seu avô Antonio, que incentivava o garoto a observar a natureza. Dizem que seu avô vivia lhe repetindo: “Abra os olhos!” Leonardo frequentou a escola só na adolescência, mas de forma irregular, aprendendo o básico da leitura e da aritmética. Somente aos 40 anos ele foi aprender as línguas dos eruditos e homens cultos, o grego e o latim. 

Em consequência do seu crescente interesse por desenho, seu pai o enviou para estudar no ateliê do pintor e escultor florentino Andrea del Verrocchio a partir de 1469. Este ateliê era um dos mais prestigiados da Florença Renascentista.

Verrocchio era um artista famoso e tinha uma formação que ia de ourives e ferreiro a pintor e escultor. Ele recebia muitas encomendas, as quais eram realizadas com a participação também de seus alunos. Leonardo, enquanto limpava os pinceis de seu mestre e fazia outras pequenas tarefas, foi aprendendo as técnicas praticadas em uma oficina tradicional de arte da época. Ele aprendeu também os conceitos básicos de química, metalurgia, trabalho em couro e gesso, mecânica e carpintaria. E, claro, técnicas de desenho artístico, pintura e escultura em mármore e bronze. Além disso, aprendeu a preparar as cores, misturando pigmentos em pó com óleo de linhaça. Também a técnica da gravura e a pintura de afrescos. E foi se destacando de tal forma que Verrocchio lhe passou a tarefa de terminar suas pinturas. 

"Dama com o arminho", Leonardo da Vinci
E. H. Gombrich em seu livro “A história da Arte” complementa dizendo que na oficina de Verrocchio, Leonardo também “aprendeu a estudar plantas e animais curiosos para incluir em seus quadros e recebeu fundamentos básicos sobre a ótica da perspectiva e o uso de cores.” E diz que qualquer outro rapaz com talento sairia da oficina do mestre como um respeitável artista, mas Leonardo ia além: “era mais do que um jovem talentoso. Era um gênio cujo intelecto poderoso será eternamente objeto de assombro e admiração para os mortais comuns”.

Não havia nenhuma forma de conhecimento humano da época que não atraísse seu interesse: seus papeis com anotações e desenhos são milhares de páginas, produzidos a partir de suas leituras. Ele projetava escrever livros sobre diversos assuntos. Neste sentido, Gombrich faz uma observação bastante interessante: Leonardo era um artista florentino e não um acadêmico erudito: “Considerava ele que a função do artista era explorar o mundo visível, tal como seus predecessores tinham feito, só que de maneira mais abrangente e com maior intensidade e precisão”. Ele sempre estava querendo verificar com seus próprios olhos, aquilo que havia lido de algum autor. Por isso, entre outros inúmeros experimentos que ele fez em várias áreas, chegou a dissecar cerca de 30 cadáveres, para estudar a anatomia do corpo humano.

“Passou anos observando o vôo de insetos e pássaros” e observava atentamente a forma de pedras e nuvens, “o efeito da atmosfera sobre a cor de objetos distantes”, assim como a harmonia dos sons. Ele não somente era admirado como pintor, mas também como “esplêndido músico”. Era canhoto, e por isso escrevia da direita para a esquerda. Para ler seus escritos é preciso se utilizar um espelho. Sua insaciável curiosidade o levou a estudar inúmeras áreas; mas “resolvido um problema” perdia todo o interesse por ele “já que existiam outros mistérios a se desvendar”, observa ainda Gombrich.   

Giorgio Vasari, um artista do Renascimento e que escreveu a célebre obra “Vida dos melhores pintores, escultores e arquitetos”, afirma, na parte em que trata de Leonardo da Vinci, que ele tinha tanta facilidade para aprender qualquer coisa, que muitas vezes, com seus questionamentos, confundia seus professores. E acrescenta que talvez por isso, fosse “tão volúvel e instável” porque “começava a aprender muitas coisas e depois as abandonava”. Dedicou-se algum tempo a aprender Música e a tocar Lira e cantava “divinamente” bem. Mas o desenho e a escultura “despertavam mais seu interesse do que qualquer outra coisa”. 

Em 1472, com 20 anos de idade, ele foi aceito como membro da Guilda de São Lucas, a famosa guilda de pintores e praticantes de medicina, em Florença. Uma observação: toda a química que envolve o ofício da pintura naquela época era adquirida no mesmo lugar, a botica, onde os médicos também adquiriam seus produtos. Por isso, São Lucas é o mesmo patrono de pintores e médicos. As guildas eram um tipo de associação, durante a Idade Média, que juntava indivíduos que praticavam o mesmo ofício ou tinham os mesmos interesses.  

"A Virgem das rochas",
Leonardo da Vinci
Sua carreira como pintor começa já executando obras de alto nível pictórico. Leonardo aperfeiçoa a técnica do sfumato a um ponto de refinamento nunca alcançado antes dele. Mas seus variados campos de interesse e atividades que envolviam sua vida prática, fez com que ele não tivesse feito muitas pinturas: há pouco mais de uma dezena de sua autoria e algumas outras atribuídas a ele. Sua primeira pintura teria sido a  “Madona com o cravo”, de 1476.

Mas E.H. Gombrich afirma que toda a curiosidade e profundo interesse que Leonardo desenvolvia com o mundo a seu redor tinha um motivo muito importante para ele: sua arte. Ele queria - com toda a sabedoria adquirida - elevar a arte da pintura, que era “um ofício humilde” na época, a um patamar mais alto, mais nobre e prestigioso.

Desde Aristóteles, certas artes - as chamadas Artes Liberais (Gramática, Retórica, Lógica e Geometria) eram apontadas como de caráter mais “nobre”, enquanto que as artes manuais, que implicavam trabalho manual, estavam “abaixo da dignidade de um cavaleiro”. Por isso - segundo Gombrich - Leonardo queria mesmo era alçar a Pintura às Artes Liberais e mostrar que o trabalho do pintor não era menor do que o do poeta, que escreve suas poesias. Consciente do valor do seu ofício, muitas vezes Leonardo recusou encomendas e entrava em disputa com seus clientes que não o valorizassem como ele gostaria. Também iniciou várias pinturas que nunca terminou, apesar das reclamações dos clientes. “Além disso, insistia obviamente em que só a ele cabia decidir quando uma obra estava terminada e recusava-se a entregá-la enquanto não se considerasse satisfeito com ela”, aponta Gombrich.

Com seu espírito inquieto e sedento de conhecimento, não parava de viajar entre Milão e Florença. Também viajou para Roma, Veneza e para a França, onde morreu em 1519.

Suas obras chegaram até nós em péssimo estado de conservação. O mural “A Última Ceia”, pintado para o refeitório de um convento de monges de Santa Maria delle Grazie, em Milão, está muito afetado pela ação do tempo e pelo desgaste da parede onde foi pintado. Mesmo assim, esta obra é uma das mais visitadas por milhões de pessoas desde que foi pintada. A fila de espera, nos dias atuais, é longa; leva-se meses para se adquirir o ingresso vara ir ver a “Última Ceia” em Milão.

Este tema já havia sido retratado por outros pintores, mas a pintura de Leonardo foi algo absolutamente novo naquele tempo. Era muito diferente de todas as outras. “Há nela drama, teatralidade, excitação”. Na versão de Leonardo, Cristo acabara de pronunciar palavras trágicas (“Um dentre vós me trairá”). Os apóstolos a seu lado estão horrorizados, alguns protestam, outros discutem. Judas não está afastado dos outros apóstolos mas é o único que não gesticula. Cristo, no centro da mesa, parece resignado e calmo, em meio ao alvoroço. Toda a composição do quadro é impressionantemente realista: foi pintada por um homem que também observava a psicologia humana, sua natureza mais íntima e seu comportamento. 

Diz-se que um homem que acompanhou Leonardo trabalhando nesta pintura, teria testemunhado que ele “subia no andaime e aí ficava ereto por dias inteiros, os braços cruzados, apenas olhando com o olho crítico o que já tinha feito, antes de aplicar outra pincelada”.

"Mona Lisa", Leonardo da Vinci
O historiador de arte E.H. Gombrich, afirma que, até ser pintada a “Mona Lisa” de Leonardo, as figuras humanas pintadas por outros artistas tinham algo de duro, parecido como se fossem figuras de madeira. A grande sacada deste artista imenso foi a de que não se deve descrever o todo de uma figura. “O pintor deve deixar ao espectador algo para adivinhar”. Não há necessidade de traçar todos os detalhes, de descrever absolutamente tudo. Há que se deixar formas indefinidas, bordas mais suaves, massas de luz e cor que ultrapassam nariz, boca, olhos, por exemplo. Nesta obra, Leonardo caprichou ainda mais no sfumato, técnica que suaviza a transição entre a luz e as sombras.

Esta pintura é conhecida, em particular, pelo sorriso indescritível no rosto da mulher, cujos olhos parecem nos seguir, quando a vemos de perto no Museu do Louvre em Paris. O sfumato sutilmente “cria” os contornos da boca, nariz e olhos, de tal modo que dá um certo mistério a esse sorriso, que já foi tão estudado ao longo dos anos. Giorgio Vasari escreveu que "o sorriso é tão bom que parece mais divino do que humano; aqueles que o viram ficaram muito surpresos ao descobrir que ele parece tão vivo quanto o original". 

Como desenhista, Leonardo encheu seus diários com esboços e desenhos detalhados para acompanhar tudo o que chamava sua atenção. Além de anotações, há muitos estudos para pinturas, algumas das quais podem ser consideradas preparatórias para obras como “A Adoração dos Magos” e a “Última Ceia”. Seu primeiro desenho datado é uma paisagem, “Paisagem do Vale do Arno” de 1473. 

Mas seu desenho mais famoso é o “Homem Vitruviano”, um estudo das proporções humanas.

Outros desenhos incluem muitos estudos geralmente chamados de "caricaturas" porque, embora exagerados, parecem basear-se na observação de modelos vivos. Giorgio Vasari relata que, se Leonardo encontrava uma pessoa que tinha um rosto interessante, ele a seguia o dia todo para observá-la. Há muitos estudos de homens jovens e bonitos, frequentemente associados a Andrea Salaí, que teria sido seu amante. Salaí também é frequentemente representado em fantasias e adereços.

Leonardo da Vinci morreu na antiga vila de Clos Lucé, no vale do Loire, na França. Ele havia se tornado grande amigo do rei francês Francisco I e Vasari relata que Leonardo teria morrido em seus braços. Cerca de 20 anos após sua morte, o mesmo rei teria falado, segundo o escultor Benvenuto Cellini:

“Nunca nasceu no mundo outro homem que soubesse tanto quanto Leonardo, nem tanto por seus conhecimentos de pintura, escultura e arquitetura, mas por ele ter sido um grande filósofo”.

Filósofo que nasceu naqueles dias em que seu avô Antonio lhe repetia o tempo todo para estar de olhos abertos para o mundo...

"Anunciação", Leonardo da Vinci

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Os mestres do Renascimento em São Paulo

Madalena, de Ticiano
O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo fará uma exposição com 57 obras históricas assinadas por Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Ticiano, Tintoretto, Giorgione, Veronese, Correggio, Bellini e outros. A mostra Mestres do Renascimento: Obras-Primas Italianas será inaugurada no próximo dia 13 de julho.

No ano passado, uma outra grande exposição com os pintores do Impressionismo (Paris, impressionismo e modernidade) atraiu 325 mil pessoas ao CCBB em São Paulo. Animados com isso, os curadores resolveram trazer mais uma mostra de peso, com peças de um dos maiores movimentos artísticos da história da arte, o Renascimento.

Os curadores da exposição serão a historiadora de arte italiana Cristina Acidini, do Museu da Cidade de Florença e Alessandro Delpriori, estudioso do Renascimento. As obras são provenientes de diversos museus italianos e de coleções privadas, informa o texto de divulgação do CCBB. A exposição, inédita no Brasil, reúne artistas do século XVI atuantes em Florença, Roma, Milão, Veneza, além de Ferrara e Urbino.


Cristo benedicente, Rafael Sanzio
Dois dos três andares do CCBB serão ocupados pelos artistas de Florença e Roma, mas a partir do subsolo do prédio os visitantes serão direcionados para ver as obras divididas em cinco núcleos espalhados em quatro andares, com pintores florentinos, romanos,  venezianos. A exposição será uma grande oportunidade de entender a evolução desse movimento artístico que foi o mais influente do Ocidente, e onde brilharam nomes como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Tintoretto, Rafael, Ticiano, Veronese e outros tantos.

Haverá também uma "Virada Renascentista" no primeiro dia da exposição, a partir das 15 horas do dia 13 de julho até às 21 horas do dia seguinte, sem interrupção.

Em breve, traremos mais artigos informativos e analíticos sobre essa exposição. Será muito bom para observar de perto como trabalhavam os pintores renascentistas, usando a técnica de pintura em camadas (velatura) e com pinceladas esfumaçando os pigmentos (sfumato). Além disso, fazer a comparação entre o método de trabalho de Ticiano, por exemplo, e Rafael. 

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Exposição:
Mestres do Renascimento: Obras-Primas Italianas
A partir de 13 de julho de 2013
Rua Álvares Penteado, 112
Centro - São Paulo
Metrô: Sé e São Bento
Adoração dos pastores, de Lorenzo Lotto

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Em nome dos outros artistas

Enquanto certa elite local festeja a presença em terras paulistanas dos cadáveres de Damien Hirst ou se excita diante das fotopornôs de Jeff Koons e sua Cicciolina libidinosa (além de outros objetos que o crítico francês Jean Clair chama de “lixo”), o Metropolitan Museum of Art de New York apresenta outro tipo de obra de arte e de artista. A elite a que me refiro é esta, a tupiniquim, que acaba de dizer que São Paulo chegou ao “primeiro mundo” (nada mais fora de moda…) porque trouxe nomes do mercado da arte dos Estados Unidos (exceto Hirst, que é inglês) para comemorar os 60 anos da Fundação Bienal de São Paulo…


Mas vamos ao artistas que interessam…


O  Museu norte-americano foi para o outro lado e, ao invés de mostrar lixo como arte (mesmo que reconheçamos que se trata de um lixo muito caro, como os cadáveres de Hirst), resolveram abrir as portas do Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque para apresentar diversas exposições com artistas do nível do holandês Franz Hals, por exemplo, além de desenhos chineses da dinastia Ming, de pinturas hindus e de caricaturas feitas por desenhistas que vem desde Leonardo da Vinci ao caricaturista norte-americano David Levine.


Autoretrato, Franz Hals

Franz Hals

Este artista nasceu entre 1580 e 1583, nos países baixos, região onde hoje fica a Holanda. Teve dois filhos com a primeira esposa, que faleceu em 1616, e mais oito filhos com a segunda. Destes filhos todos, cinco seguiram a carreira do pai e também se tornaram pintores. Após a Queda de Anvers, sua cidade natal, tomada pelas tropas espanholas, se refugiou em Haarlem, onde viveu o resto da vida.


Por volta de 1600 começou sua aprendizagem na pintura, no atelier de um outro flamengo que emigrou, Carel Van Mander, um pintor maneirista. Mas desde seus primeiros quadros, Hals mostra semelhança com os pintores caravagescos de Utrecht (influenciados pelo italiano Caravaggio). O estilo de Franz Hals influenciou de uma forma marcante, mais de dois séculos depois, o pintor realista Gustave Courbet e também os impressionistas como Van Gogh, Monet e Manet.



Petrus Scriverius, 1626
Hals é mais conhecido por seus retratos da burguesia e dos cidadãos ricos da época, mas também retratou diversas pessoas de origem social diferente: militares, comerciantes, advogados, funcionários públicos, músicos, cantores de rua, pescadores… Seus rostos – como fazia Caravaggio – não eram idealizados, mas mostravam as expressões faciais de cada um. Pintor barroco, ele pintou com um realismo intimista e radicalmente livre.


Contemporâneo de outro pintor holandês também barroco e também com viés realista, Rembrandt, Franz Hals se distinguia dele pelos efeitos de luz e sombra em suas telas. Mas os dois são especialistas em pequenos toques com tinta na tela, que são suficientes para produzir efeitos de luz e de sombra, sem cair no detalhismo dos pintores mais voltados para a pintura linear.



Paisagem chinesa
A Arte do desenho no século XVII chinês

O período abordado por esta exposição vai de 1368 a 1644, quando houve o colapso da dinastia Ming e a conseqüente conquista da China por tribos nômades. Este foi um dos períodos mais traumáticos da história chinesa, mas permitiu surgir uma onda de artistas que se destacaram nessa época. Na exposição estão presentes mias de 60 pinturas de paisagens e caligrafias que demonstram um estilo bem pessoal dos artistas dessa época, como Huang Daozhou, Hongren, Shanren Bada (Zhu Da), e Shitao. Suas pinturas demonstram as condições emocionais em que viviam os artistas sob o poder invasor, suportando condições muito severas de vida, pressões psicológicas de toda ordem (pois eles se mantinham fieis aos seus antigos governantes) e muitos deles buscaram refúgio em meio à natureza, que retrataram com paisagens muitas vezes duras, densas. Mas esses artistas usaram a pintura e a caligrafia como forma de se expressarem, com isso desenvolvendo uma técnica e um estilo que influenciam a pintura chinesa até os dias de hoje.



Gushtasp mata o dragão: Página de um manuscrito Shahnama Mestre do Shahnama Jainesque
Pintores mestres da Índia

Abrangendo o período que vai de 1100 a 1900, portanto oitocentos anos da pintura hindu, que tem sido classificada de acordo com os diversos estilos regionais, e também dinásticos, com ênfase no tema e conteúdo narrativo. São 220 trabalhos selecionados a partir dos 40 maiores pintores indianos, alguns dos quais estão sendo identificados pela primeira vez.






Caricatura e sátira de Leonardo a Levine


Desenho de Leonardo da Vinci
A exposição explora o desenho como caricatura e sátira em suas diversas formas a partir do Renascimento italiano até o presente, elaborado principalmente a partir do rico acervo desse material no Departamento de Desenhos e Gravuras do Museu, que contém  – entre tantos – desenhos, por exemplo, do italiano Giovanni Paolo Panini (1691-1765).


Inclui desenhos e gravuras de Leonardo da Vinci, do francês Eugene Delacroix, do espanhol Francisco Goya, do também francês Henri Toulouse-Lautrec, assim como obras de artistas mais frequentemente voltados ao humor, como James Gillray, Thomas Rowlandson, Honoré Daumier, Al Hirschfeld e o norte-americano David Levine. Muitas destas caricaturas nunca foram exibidas antes, sendo, por isso, pouco conhecidas do público.


Quer dizer... dentro da lógica da elitezinha local, o "primeiro mundo" está escolhendo mesmo é ver Arte.



Caricatura sobre a guerra portuguesa, 1831-1834, de Honoré Daumier