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terça-feira, 26 de abril de 2016

Pintar de imaginação?

John Singer Sargent pintando uma de suas obras, com as modelos posando à sua frente
Há algum tempo atrás, dois amigos em dois momentos diferentes me fizeram a mesma pergunta: os artistas pintam seus quadros "de imaginação" ou eles usam modelos/referências?

Isto parece ser uma questão clara para os pintores, mas é uma espécie de "lenda urbana" para os que não o são. A "culpa" disso pertence aos pintores modernistas, estrangeiros e brasileiros, que começaram a "criar/inventar" seus próprios modelos.

A resposta é muito simples: - Não! Nenhum grande mestre pintou de "imaginação", em especial as figuras humanas de seus quadros. Um dos meus amigos se disse "decepcionado": - Não? perguntou-me para confirmar. - Não! reforcei eu.

Clotilde Sorolla, esposa de Joaquín Sorola,
serviu de modelo para diversas telas do marido
Mas é assim que são as coisas. Há inúmeras idealizações causadas por profundo desconhecimento da maioria das pessoas sobre as artes plásticas...

A não ser que o pintor siga uma linha mais modernista - de cubista a expressionista, abstrato ou conceitual, quando aí sim, o artista se vê "livre" para criar suas próprias figuras, como fez Picasso, por exemplo - os pintores figurativos, desde os primórdios da pintura na Idade Média, lá pelos séculos XIV-XV, vêm utilizando a Natureza como modelo para seus quadros. Ou seja, a Natureza (com N maiúsculo mesmo, porque mais ampla) vem sendo o modelo de todos os pintores figurativos que se baseiam naquilo que vêem em seu mundo, o real.

Durante muito tempo, na história da Arte, os temas principais que aparecem na pintura foram temas de cunho religioso, para os quais se usava e abusava da "imaginação"... O poder da igreja impunha que, para catequizar os homens e mulheres em sua maioria analfabetos, as imagens eram uma boa forma de ensinar as lições contidas na Bíblia, por serem de fácil compreensão a todos. Era preciso fazer propaganda de sua filosofia, de sua visão de mundo, de seus santos e regras de vida.

Os pintores têm sido usados para isto há muitos e muitos séculos. Muito antes mesmo da Idade Média, pintores eram contratados para criar cenas bíblicas, terrestres ou celestes, assim como dar uma "cara" a seus santos, anjos, profetas. Pode ser que na época alguns tivessem se inspirado em modelos reais (na Alta Idade Média), mas a maioria "criava" os rostos sagrados de Maria, de Jesus, dos santos e mesmo de Deus. Podemos ver, por exemplo, nos ícones da igreja ortodoxa russa, como havia um certo padrão para os rostos de santos e de figuras sagradas. Não precisavam se basear em pessoais reais. Aliás, não DEVIAM se inspirar em pessoas reais!

"A costureira", de Diego Velázquez,
para cuja pintura serviu de mod
elo,
sua própria esposa
Só que quando o ser humano foi colocado no centro das atenções, em especial no período que conhecemos como Renascimento, por exemplo, pintores como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Ticiano, Rafael e tantos outros - só para ficar na Itália - começaram a se apaixonar pela anatomia do corpo humano e a pintar figuras humanas cada vez mais reais. Lembre-se, por exemplo, do grande Caravaggio que usava como modelos, para seus quadros de santos, pessoas bem concretas das ruelas e becos de Roma, seus amigos vagabundos e prostitutas...

Alguém pode conceber a "Gioconda" de Da Vinci como uma criação de sua imaginação? Claro que não! Da Vinci usava modelos bem concretos, de carne e osso, em seu ateliê. Aliás, ele tinha um modelo preferido, um de seus alunos. Assim como é impossível que alguém possa concluir que o grande "David" de Michelangelo tenha surgido de sua cabeça somente, sem que nenhum ser humano tenha posado para que ele pudesse tão bem esculpir a anatomia masculina em sua grande escultura!

Diego Velázquez usou como seus primeiros modelos de pintura sua própria família, pais e esposa. Depois que foi para a Corte do rei Felipe IV, além dos membros da família real, que pintou, Velázquez também retratou os trabalhadores que, como ele, serviam ao rei, desde bobos da Corte às damas de companhia...

Rembrandt e Vermeer, lá nos Países Baixos, pintavam suas figuras a partir de muitos e muitos estudos de observação com modelos bem vivos. A "Moça com brinco de pérola" foi pintada a partir de uma modelo bem real e feminina. Disse-se que era uma das empregadas de sua casa.

Meus amigos, a profissão de modelo que posa para artistas é tão antiga quanto a pintura figurativa!

Não tenho eu, pobre de mim, a menor capacidade de inventar uma outra maneira de pintar realisticamente o que vejo sem ver! Se nem mesmo os velhos mestres, os grandes pintores do mundo, pensaram que podiam ser capazes disso...! Os exemplos que eu poderia dar aqui fariam parte de uma lista enorme, além destes que citei acima.

Mas vamos lembrar de mais alguns:

Gustave Courbet, Renoir, Édouard Manet, Francisco Goya, John Singer Sargent, Jean Dominique Ingres, Van Gogh, Edgar Degas, Eugène Delacroix, El Greco, José Ribera, Zurbarán, Joaquin Sorolla, Rubens, William Turner, Frans Hals, William Bouguereau, Camille Corot, Hans Holbein, Paul Gauguin, Van Dyck, Francisco de Zurbarán, Ilya Repin, Rodin... a lista é imensa dos artistas figurativos e TODOS eles usavam a Natureza (o que inclui tudo o que pode ser visto e pintado, de animais a seres humanos) como modelo para suas obras.

Decepcionei mais alguém?

"Titus", filho de Rembrandt, que posou para ele
diversas vezes
Não seria conveniente raciocinar que se eu me considero uma pintora figurativa, de caráter mais realista, não seria uma incoerência eu me ligar a pintores mais modernos e que se desligaram da realidade para "inventar" minhas próprias figuras?

Por trás do uso de modelos bem concretos para que eu possa me expressar artisticamente, há toda uma linda filosofia de trabalho que diz, em resumo, o seguinte: a inesgotabilidade do Real é o que causa em mim a grande paixão de me expressar artisticamente ao observar modelos bem concretos (sejam humanos ou não). Que eu seja capaz de desenhar e de pintar, e através dessa minha relação com eles e com meu mundo eu tenha a capacidade de produzir meus quadros, isto é algo verdadeiramente extraordinário!

Há uma história que aconteceu com Claude Monet, por exemplo. Eu estive em Paris, há alguns anos atrás, e puder ver uma exposição de várias pinturas que ele fez da mesma igreja, a catedral de Rouen, em vários momentos do dia, porque ele queria captar a luz dos vários momentos do dia! Então ele usou a mesma igreja como modelo para várias telas, pois seu interesse estava na luz e nos efeitos que esta produz no mundo.

Não é incrível que eu possa me inspirar num modelo (vamos dizer que num mesmo modelo) e a partir dele - do Real - eu possa criar quadros diferentes, com temas diferentes, com luzes e cores diferentes? Por que teria mais valor criar minhas figuras de "imaginação"?

Minha opção de vida como pintora, até agora pelo menos, é de usar a realidade como referência! A realidade é de uma riqueza inesgotável! Há artistas que abriram mão dela, que preferem pintar "de imaginação". Conheço muitos deles, vários dos quais são brasileiros e estão fazendo seus trabalhos hoje. São muito bons no que fazem, vários deles. Pintam seus mundos internos, suas visualizações pessoais, colorem seus quadros a seu modo, pintam suas figuras com "liberdade" de invenção...

Mas a minha "liberdade" de invenção garanto que é tão ampla quanto a deles (senão mais!), mesmo que pareça que eu esteja "presa" à figura real... Porque eu não "copio" o que vejo, eu interpreto.
Ocorre que a realidade do mundo à nossa volta é movimento, é impermanência, é inesgotabilidade...

Menino posando para o artista inglês Lucien Freud

terça-feira, 29 de julho de 2014

Modelo vivo há mais de 50 anos, Vera França ganha homenagem no Ateliê Contraponto

Neste 30 de julho, quarta feira, a partir das 19 horas, o Ateliê Contraponto fará a abertura da Exposição Coletiva Vera França Modelo Vivo. São mais de 40 artistas que estarão expondo seus desenhos, pinturas e esculturas feitos a partir das poses da modelo vivo Vera França. Na ocasião, será feita uma homenagem a esta senhora de 73 anos que é parte viva do trabalho artístico com modelos vivos produzido em São Paulo.


Há mais de 50 anos Vera França, que completa 73 anos de idade este ano, posa como modelo vivo para artistas pintores, escultores, desenhistas. O Ateliê Contraponto promoveu, nos últimos dois meses, diversas sessões com a modelo posando, o que levou ao ateliê dezenas de artistas. Destes, 45 pessoas irão participar desta Exposição Coletiva, com desenhos, pinturas e esculturas, muitas delas feitas na década de 1970 e 1980. 

São eles:


Ana Maria Cardoso
Alexandre Greghi
Agota Mandelot
Bernardita Uhart
Carolina Simões de Oliveira
Carlos Morgani Filho
Cristina Kannebley
Cintia Yuri Eto
Daniela Lucheta
Djalmira de Freitas Rosa - RS
Denise Muller
Deryn Pompeia
Elizabete Siqueira Pimentel
Eliana Reis
Ednilson Martins
Eduardo Ochi
Eijy Yajima
Estela Alexandra Bueno Stolar
Fabiana Boiman
Fioravante Mancini Filho
Gabriel Spinelli
Gabriela Luzzi de Almeida
Guilherme Martinez
Guilhermo Von Plocki
Ivone Yoko Suzuki Sakurai
Jair Diniz
Lucia Helena Manzoni
Luciano Ogura
Luiz Vilarinho
Mabel Dibastiano
Marisi Mancini
Marcia Agostini
Mazé Leite
Marcelo Parra
Meirelle Lerner
Nuria Torrents
Newton Batista de Santana
Omar Alejandro Sãnchez Rico
Pedro Torres
Renata Stahel
Rubi Imanishi
Rosalva Maria Campos Siqueira
Sandra Longeaud
Sarita Genovez
Silvia Ferraro
William Pereira da Silva

Mais informações:

Exposição Coletiva Vera França Modelo Vivo
Abertura: 30 de julho às 19h
Local: Ateliê Contraponto
Travessa Dona Paula, 111 Consolação
A 5 minutos do Metrô Paulista
Telefone: 3938-5058

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Vera França modelo vivo

Vera França posando para retrato no ateliê de Maurício Takiguthi
Há mais de 50 anos Vera França, que completa 73 anos de idade este ano, posa como modelo vivo para artistas pintores, escultores, desenhistas. O Ateliê Contraponto está recebendo o “Projeto Vera França Modelo Vivo” idealizado por Jair Diniz, que inclui quatro sessões com a modelo posando, seguida de exposição de trabalhos inspirados em dona Vera. Dia 30 de julho será aberta a exposição com uma homenagem festiva dos artistas paulistanos à sua modelo mais antiga.
A modelo Vera França
Vera França é pernambucana de nascimento, nascida em Afogados da Ingazeira. Um de seus primeiros empregos foi em um parque de diversões em Salvador, Bahia, como bailarina de can-can. Tinha uns 19 anos, diz ela. Um belo dia foi convidada a posar como modelo em uma escola de Belas Artes na capital baiana. Assim começou uma carreira que já dura cerca de 52 anos.
De Salvador, Vera França veio para São Paulo onde, na época, havia uma carência grande de pessoas que posassem para os artistas. Chegou aqui em abril de 1966 e foi morar no quarto de empregada do apartamento do artista Flávio de Carvalho. Ajudava na casa e posava para ele, que na época morava na avenida Ipiranga. Através dele, foi apresentada a diversos outros artistas e com isso sua carreira como modelo vivo foi crescendo. Foi com esta profissão que Vera criou suas duas filhas e hoje ajuda a criar seus netos.
As sessões com modelo vivo são fundamentais para qualquer pessoa que desenha, pinta, grava, esculpe. Artistas plásticos, designers, ilustradores, sketchers, gravadores e escultores sabem o quanto é importante o estudo da anatomia do corpo humano, o estudo dos movimentos, do gestual, das direções, das proporções, para sua evolução individual nas artes visuais. São momentos ricos de aprendizado e por isso é tão importante que existam modelos como Vera França.
Auguste Rodin trabalhando em seu ateliê
Por isso, tantos artistas ao longo da história devem tanto a essas pessoas que se dispõem a posar para eles! Podemos afirmar que grande parte das obras de arte que conhecemos deve-se a estas inúmeras pessoas que se postaram quietos – ou em movimento – à frente de cavaletes e mesas de trabalho dos artistas.
Lucien Freud, por exemplo, quase nunca pintava sem um modelo vivo à sua frente, assim como Auguste Rodin, o escultor. Caravaggio, para a grande maioria de seus quadros, teve modelos, entre seus conhecidos, posando para ele. John Singer Sargent, Joaquin Sorolla, Diego Velázquez, Degas, Gustave Courbet – a lista é imensa! – construíram grandes obras de arte a partir do estudo do corpo de modelos que posaram para eles. Podemos afirmar que nenhum grande artista pode abdicar da prática do desenho ou pintura com modelo vivo.
Desenhar, esculpir ou pintar uma pessoa posando amplia altamente o repertório pessoal do artista com traços, com massas, com valores, com tonalidades, com espaços, com proporções, com gestos, com expressão.
Por isso é tão importante essa homenagem a Vera França, que já possou para inúmeros artistas, ateliês, faculdades de arte. Ela já possou na Pinacoteca, no Centro Cultural, no Sesc. Desde 1966 vem ajudando artistas em seu trabalho de criação e em seus estudos.
No Ateliê Contraponto serão feitas quatro sessões de modelo vivo, com Vera França posando. Em seguida, no dia 30 de julho, haverá a abertura da exposição de trabalhos produzidos a partir dessas poses. Os artistas também farão uma homenagem a esta senhora de 72 anos que é parte viva do trabalho artístico com modelos vivos produzido em São Paulo há mais de 50 anos.
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A programação no Ateliê Contraponto é esta:

- hoje, dia 11 primeira sessão de modelo vivo com dona Vera
- dia 25 de junho, segunda sessão
- 19 e 26 de julho - sábados - sessões de modelo vivo
- dia 30 de junho - abertura da exposição de trabalhos com o tema "Vera França" e homenagem festiva à modelo.

Para participar desta homenagem, basta se inscrever pelo e-mail contato@ateliecontraponto.com.br

Cena do filme "L'artiste et sont modèle", de Fernando Trueba, produção França e Espanha, 2013

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Modelo Vivo no Ateliê Contraponto

"Ateliê do artista", Gustave Courbet, 1855, 361 x 598 cm

As sessões com modelo vivo são fundamentais para qualquer pessoa que desenha, pinta, grava, esculpe. Artistas plásticos, designers, ilustradores, sketchers, gravadores e escultores sabem o quanto é importante o estudo da anatomia do corpo humano, o estudo dos movimentos, do gestual, das direções, das proporções, para sua evolução individual nas artes visuais. São momentos ricos de aprendizado.


Uma sessão com modelo vivo, na Grande Chaumière
Numa sessão com modelo vivo, nós fazemos desenhos de observação a partir de poses curtas (com 30 segundos a 2 minutos de duração por exemplo) ou poses mais longas com até meia hora de duração. Para isso, os modelos precisam estar bem alongados, pois ficar na mesma posição por meia hora, 40 minutos, não é coisa muito fácil. O trabalho, para os modelos, exige muito de seu corpo físico, além de muita concentração.

Por isso, tantos artistas ao longo da história devem tanto a essas pessoas que se dispõem a posar para eles! Podemos afirmar que grande parte das obras de arte que conhecemos deve-se a estes inúmeros anônimos que se postaram quietos - ou em movimento - à frente dos cavaletes e mesas de trabalho dos artistas. Lucien Freud, por exemplo, quase nunca pintava sem um modelo vivo à sua frente. Caravaggio, para a grande maioria de seus quadros, teve modelos entre seus amigos e amantes posando para ele. John Singer Sargent, Joaquin Sorolla, Diego Velázquez, Degas, Gustave Courbet - a lista é imensa! - construíram grandes obras de arte a partir do estudo do corpo de pessoas que posaram para eles. Podemos afirmar que nenhum grande artista pode abdicar da prática do desenho ou pintura com modelo vivo.

Sessão com modelo vivo no Ateliê de
Maurício Takiguthi, nov.2013 - à esquerda
Marcia Agostini, Mazé Leite e Sarita Genovez.
Para nós, artistas, essa prática é tão intensa quanto para os modelos. Nas poses curtas, por exemplo, que servem como aquecimento e como forma de parar o pensamento para ver, e desenhar o mínimo necessário, a mão pode ficar dura, o braço trava, a mente se perde. Por isso é bom estar relaxado, solto. Respirar ajuda muito a relaxar. O segredo é não se deixar travar, e seguir desenhando. Observando e colocando no papel (ou outro tipo de suporte) o que vejo no modelo.

Essa questão de saber quanto tempo teremos para uma pose é importante para que possamos medir nosso trabalho, até onde podemos chegar. Também serve para que possamos ir calibrando nosso ritmo de acordo com o tempo que temos. É importante evitar, no meio do desenho de uma pose, fazer uma pausa ou interromper o trabalho prematuramente, para evitar que essas atitudes de negligência nos retirem o foco ou nos levem a cometer algum tipo de erro.

Em geral, quando iniciamos no desenho com modelo vivo fazemos traços hesitantes, lentamente, com medo de riscar a folha de papel… É assim mesmo no início, para todo mundo. Mas devemos nos esforçar para, ao contrário, não hesitar em fazer traços gestuais mesmo que mais leves, que poderão ser mais marcados em seguida. A pessoa pode fazer traços menos precisos no começo, porque a precisão, a segurança e a firmeza se adquire com a prática. Com a prática, alcançamos os desenhos mais simples, mais concisos, mais soltos. Com a prática nos tornamos mestres. Só com a prática! Nenhum mestre nasce feito, nem de nascimento, nem de "feito na faculdade". A melhor escola é a prática diária, a vida! 

Desenhar não é um ato que se faz só com a mão, mas com todo o braço, todo o ombro, todo o corpo, no final das contas. Todo o nosso ser deve estar envolvido com aquilo que fazemos. 

Desenhar um modelo que está vivo à nossa frente amplia altamente nosso repertório pessoal com traços, com massas, com valores, com tonalidades, com ar, com espaços, com proporções, com gestos, com expressão.

Venha participar das sessões com Modelo Vivo no Ateliê Contraponto!

Serviço:
20 de fevereiro - 5ª feira
das 19h às 21h

ATELIÊ CONTRAPONTO
Travessa Dona Paula, 111 - Consolação
a 5 minutos a pé do Metrô Paulista
COMO CHEGAR


Detalhe da sala para a prática com Modelo Vivo,
na Académie de la Grande Chaumière - Paris, 2011

domingo, 30 de junho de 2013

Retrato de Fernanda

Retrato de Fernanda Sanches, Mazé Leite, óleo sobre tela, junho de 2013
Terminei neste sábado, 29 de junho, esta pintura em óleo sobre tela em quatro seções com a modelo Fernanda Sanches, no Atelier Takiguthi. Optei por uma palheta de valores mais altos, esfriando as sombras com azul, verde e violeta, e na luz mais alta também utilizei temperatura também fria. Para isso, resolvi experimentar o amarelo de cadmium limão misturado com um pouco de branco. Como na camada de baixo eu tinha utilizado antes uma tonalidade alaranjada, esse amarelo de cadmium com branco acabou dando uma luz mais fria. 

Infelizmente a fotografia sempre deixa a desejar em relação ao original, alterando um pouco as cores e por isso tem duas versões aqui, a maior acima e esta pequena ao lado. Algo entre as duas fotos estaria perfeito. Mas enfim, dá uma noção do original. Sabemos que isso também depende do monitor do computador de quem está olhando. 

Na sala do ateliê onde estava a modelo, o foco de luz vinha do lado direito, com um jato forte de luz amarelada, que resolvi aproveitar para construir esta pintura. Foto abaixo, com a modelo Fernanda Sanches.


Pintando retrato da modelo Fernanda Sanches, óleo sobre tela, Mazé Leite